quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cartões e Crédito

‘Há males que vêm para bem’. Esta foi a frase proferida pelo nosso presidente Lula ao agradecer ao presidente Wladimir Putin, da Rússia, pelo apoio dado às investigações do acidente ocorrido em agosto de 2003, em Alcântara, no Maranhão, quando morreram vários técnicos.



Um dia desses, ao conversarmos sobre o tema Responsabilidade Social, entendemos que estávamos falando daquilo que deveria ser a regra da vida cotidiana. Passei, então, a sonhar em como seria bacana se todas as pessoas e instituições, em todas as instâncias da sociedade, pensassem, falassem ou agissem de maneira socialmente responsável, dentro de padrões éticos e morais necessários à convivência com as demais pessoas e com o planeta, e de forma a que os olhares estivessem sempre focados num futuro viável à vida no e do planeta. Mas isso era só um sonho.


Responsabilidade Social é tema dos principais debates modernos porque vivemos em um ambiente em que comumente se convive com a irresponsabilidade social. E não estou falando de governo Lula, de uso de cartões de crédito por parte dos palacianos... estou falando de mim e de você, que faz a leitura deste texto.


Quantos de nós já tivemos alguma experiência com cidadãos conhecidos como ‘nós cegos’, em algum momento da nossa história? Isso para não instigar o pensamento de que algum de nós, algum dia, já tenha sido considerado como um dos tais.


Não acho que tenha que ser assada mais uma pizza nacional – a do cartão de crédito, nem acho que é irrelevante o fato de que alguma pessoa, ocupante de cargo público, tenha feito uso inadequado do nosso dinheiro, nem acho que a sociedade, representada pelo Congresso Nacional, tenha que ficar calada porque também tem pecados e porque não pode atirar a primeira pedra.


Pensar numa sociedade sustentável, num mundo de futuro promissor, num ambiente totalmente agradável blá blá blá deve nos remeter a pensar em nossa responsabilidade pessoal. Há aqueles que só ficam atirando pedras em quem tem telhado de vidro; há aqueles que gostam do que vêem e passam a adotar os mesmos procedimentos; e há aqueles que se indignam e acham que podem fazer as coisas de uma outra maneira, ligados com o desenvolvimento social.


A infeliz ‘Lei de Gérson’ já foi revogada e todos podemos acordar para o bom uso dos nossos cartões, sejam eles de débito, de crédito, de visita etc. Não basta combater o que os outros estão fazendo, fazer disto assunto para as rodas de conversa. Há algo mais que o fato do quanto é importante sabermos a forma como podemos fazer para a transformação social. No Estado, muitos bons passos têm sido dados. No momento, estamos lançando um curso MBA em Responsabilidade Social como parte do processo educativo para a transformação. As matrículas estão em franco desenvolvimento para quem se interessar na mudança pela educação.


Aliás, temos ouvido uma profecia que nos diz que ‘em 2008 o Brasil será outro’, e nós temos uma grande oportunidade de promover a mudança pelo voto. Pode ser que alguém queira se candidatar apenas para ter o seu cartãozinho de crédito, mas nós saberemos levar para as câmaras municipais e para os governos aqueles que, como nós, querem transformação social com ética e com condutas exemplares para o desenvolvimento social. E que esses males da nossa vivência nacional possam nos levar às boas práticas e à construção de um futuro melhor.


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