quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sócio-sustentabilidade

Quem construirá o que?


outubro de 2010

’Ninguém se entrega a qualquer atividade sem um preparo. Todavia, cada um acha-se bastante qualificado para o mais complexo de todos os negócios: governar’

Sócrates, em grego antigo Σωκράτης, 469 – 399 a.C, foi um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental

Pessoalmente, eu nunca havia participado de um processo eleitoral com tanta intensidade quanto a que venho experimentando neste tempo. Uma troca imensa de mensagens que, caso houvesse ocorrido nos tempos não tão antigos, a minha caixa postal, instalada no muro da minha residência, ficaria literalmente entupida, correspondências ‘saindo pelo ladrão’. Os embates, se assim podemos chamar o que tantos consideraram ‘debates’, foram muito intensos. A opinião pública ficou bastante agitada, quase que perdida em meio a tanta barafunda.

Conversei com muitas pessoas; empresários interessados em votar em determinado candidato, só porque haveriam de obter ganhos pessoais, na manutenção de seus projetos junto ao poder público, mesmo que isso custasse mais caro para o restante da população; grupos sociais, evangélicos ou não, se digladiando numa discussão que mais parecia um ‘cabo de guerra’ por preferência por este ou aquele candidato, mesmo que isso trouxesse prejuízos ao seu projeto principal, ou de suas crenças, missão ou visão estratégica; pessoas vislumbrando os benefícios que obteriam nos programas Bolsa X-tudo, Bolsa EgsBag, Aposentadoria Plus, Salário MinMáx etc.


Muito do que tem contado realmente é visão do ‘agora’, o que pensamos ‘no particular’, o quanto de emoção envolvemos na análise, a paixão partidária e a avaliação pelo candidato ‘menos bandido’. É bem verdade que não há só ‘moeda podre’ no bojo das discussões; há o lado bom, a realidade de que estamos querendo nos engajar mais [eu não disse ‘nos enganar mais’], de que sabemos que podemos exercer influência.


Nem sei se a formação do título é lógica ou verdadeira. Mas, podemos pensar num país mais forte, com a visão da sustentabilidade [ambiental] mais apurada, com o consumo mais consciente; mas, não podemos nos esquecer de nós mesmos, de quem queremos ser daqui a quatro, dez ou mais anos, de como estamos dispostos a reforçar os valores éticos e morais, e espirituais, que nortearão todas as demais discussões.


Quando os Valores Éticos, Morais e Espirituais se perdem, o grupo social é corrompido ou se corrompe. Podemos, então, partir do debate sobre uma necessária Reforma Ética e Moral uma vez que esta se sobrepõe sobre as demais reformas, seja a política, a econômica, tributária, dentre tantas. Estas são dependentes daquela.


Encontramos uma parábola no capítulo 9 do Livro dos Juízes, conhecida como Apólogo de Jotão. As árvores procuravam quem lhes governasse. Clamaram à Oliveira, à Figueira e à Videira. Todas lhes disseram ‘não’. Na ausência de candidatos, clamaram ao Espinheiro, que assentiu àquela oportunidade. Quem escolhe sobre quem estará submetido é o próprio povo, e é o mesmo povo quem escolhe quem estabelecerá as leis sob as quais serão iluminados.


Não acho que ‘a hora é agora’, pois sempre foi hora de colocar nossa confiança no Senhor e, concomitantemente, fazer a ‘parte que nos cabe nesse latifúndio’. Cerca de 700 a.C, Isaías ouviu de Deus o clamor sobre ‘quem irá por nós’. Isaías, então, respondeu que o Senhor poderia contar com ele no processo da construção, no da transformação, ‘desemocionado’ e totalmente consciente de que ele seria o responsável de caminhar debaixo da revelação de Deus, cumprindo seu papel social de influenciar a sua e as próximas gerações, inclusive a nossa, ainda perfumada pelas posições profeticamente corretas daquele homem de Deus.


Bem-vindos a um novo tempo, o tempo da influência profética da igreja do Senhor Jesus Cristo.


Nisso pensai!


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